No âmbito da unidade curricular de “Apresentação e Visualização de Informação” do Mestrado em Engenharia e Gestão de Sistemas de Informação, da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, sob a responsabilidade do professor Ricardo J. Machado, iniciou-se, ontem, uma série de seminários intitulados: "A mente que vê". O professor e psicólogo clínico, João Carlos Major, foi o primeiro orador convidado e abordou a temática: "A influência da mente, consciente e inconsciente, no processo de visualização da informação".

Uma (quase) aventura trazer a neurociência para a engenharia, mas segundo João Carlos Major: "vemos as coisas segundo códigos internos. Quando um engenheiro cria uma interface p.e. relaciona-a com a mente, o modo como nós somos e vemos as coisas", salienta. As emoções também foram tema de discussão e descodificadas como scripts , algoritmos biológicos, arquétipos da computação. "A emoção é um algoritmo, que deve ser evoluído", refere o psicólogo, daí a importância de considerarmos as emoções e a forma como estas podem interferir na conceção de instrumentos computacionais.

Este foi o primeiro de vários seminários sob a temática "A mente que vê", que pretendem abordar e "reabilitar" cientificamente o conceito de visualização da informação, em toda a sua génese e aplicabilidade.