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Mobilidade do futuro: como os Sistemas de Transporte Inteligentes estão a redefinir as nossas cidades
27 Maio, 2025

Entrevista com Maria João Nicolau, investigadora e especialista em Sistemas de Transporte Inteligentes no CCG/ZGDV, numa abordagem sobre o desenvolvimento desta competência e a sua aplicabilidade em setores-chave, para uma mobilidade mais conectada, autónoma e inteligente.

 

Como é caracterizada a competência em Sistemas de Transporte Inteligentes (ITS) no contexto do CCG/ZGDV e de que forma tem sido desenvolvida?

Os Sistemas de Transporte Inteligentes (ITS – Intelligent Transportation Systems) integram tecnologias de informação e comunicação para melhorar a mobilidade urbana, tornando-a mais segura, eficiente e sustentável. No centro desta competência estão as comunicações V2X (vehicle-to-everything) e as redes veiculares, que permitem a troca de dados em tempo real entre veículos, infraestruturas e utilizadores da estrada. Estas redes, suportadas por tecnologias como 5G, redes definidas por software (SDN) e computação de borda (edge computing), são essenciais à operação contínua e segura dos ITS.

No CCG/ZGDV, esta competência tem sido consolidada através de projetos de investigação aplicada, em colaboração com a indústria, como o PAC (Portugal AutoCluster for the Future), um programa mobilizador que abordou desafios emergentes da mobilidade urbana, sustentabilidade e transformação digital.

 

Quais são os setores de aplicação desta competência e de que modo contribui para cada um deles?

Os ITS têm aplicabilidade direta na indústria automóvel, cidades inteligentes, logística e proteção civil. No setor automóvel, viabilizam sistemas de assistência à condução, coordenação entre veículos e segurança ativa. No contexto urbano, otimizam o tráfego e promovem a mobilidade sustentável. Na logística, permitem monitorizar o tráfego em tempo real e fazer uma gestão eficiente de frotas. No domínio da proteção civil, contribuem para respostas mais rápidas e coordenadas em cenários de emergência.

 

Qual é a visão futura para os ITS e as redes veiculares e que papel poderá desempenhar o CCG/ZGDV nesta evolução?

As redes veiculares evoluirão para suportar a mobilidade autónoma e as decisões colaborativas em tempo real, de forma distribuída e recorrendo ao uso intensivo de inteligência artificial. Prevê-se que estas redes permitam não só uma gestão mais eficiente da mobilidade, mas também a criação de serviços urbanos inteligentes altamente adaptativos, impulsionando a transformação digital das cidades e consolidando novos paradigmas de transporte centrados no utilizador.

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