Nuno Soares, Investigador do CCG/ZGDV, especialista em Modelos de Maturidade e Engenharia de Processos para a Transformação Digital, fala-nos sobre a atuação estratégica deste Instituto no desenvolvimento e aplicação de metodologias disruptivas, dirigidas ao setor industrial e às cidades inteligentes.
De que forma os Modelos de Maturidade e a Engenharia de Processos podem fomentar a inovação tecnológica na indústria e nas cidades inteligentes, e como o CCG/ZGDV se posiciona nesse cenário?
No Instituto CCG/ZGDV, entendemos que a adoção de Modelos de Maturidade e a Engenharia de Processos são uma alavanca fundamental para a inovação. Ao mapear o grau de digitalização e os processos existentes, identificam-se lacunas e oportunidades de melhoria, o que direciona investimentos tecnológicos precisos. Apoiamos empresas industriais e municípios a desenhar uma estratégia de modernização alicerçada em abordagens tecnológicas sólidas, resultantes de investigação aplicada, continuamente enriquecida pela investigação fundamental desenvolvida na Academia, acelerando a competitividade e a sustentabilidade.
De que forma o CCG/ZGDV utiliza esses Modelos de Maturidade e a Engenharia de Processos para impulsionar a competitividade e a digitalização plena nos setores da indústria e das cidades inteligentes?
No CCG/ZGDV, usamos os Modelos de Maturidade e a Engenharia de Processos como um roteiro estratégico, ajudando cada organização a perceber o seu estado atual e a planear a adoção das tecnologias mais adequadas (IA, IoT, cloud computing). Através de diagnósticos estruturados, avaliamos a prontidão digital e mapeamos os fluxos de trabalho, identificando pontos críticos de melhoria ou automatização. Com base nisso, definimos roadmaps de evolução que incluem desde a criação de gémeos digitais até à introdução de processos autónomos de resposta em tempo real. Assim, aliámos a dimensão estratégica (onde evoluir e com que prioridades) à concretização técnica, assegurando a interoperabilidade de dados, a integração de sistemas e a escalabilidade das soluções.
Olhando para o futuro, que iniciativas o CCG/ZGDV vai desenvolver nesta área e de que forma estas se alinham com a estratégia de digitalização das fábricas e dos municípios?
O nosso objetivo é conduzir as organizações ao mais alto nível de digitalização. Para isso, apostamos em sistemas avançados de Digital Twins e Análise Avançada de Dados, incluindo IA Preditiva, bem como metodologias de Simulação e Otimização de Processos. Através destas soluções integradas, pretendemos criar ambientes em que as linhas de produção e os serviços municipais se tornem cada vez mais autorreativos, capazes de ajustar parâmetros em tempo real e antecipar eventuais problemas. A participação em redes internacionais (AIOTI, BDVA, EFFRA, IDSA) e clusters nacionais (como o PRODUTECH) mantém-nos próximos das necessidades concretas da indústria e das cidades, permitindo-nos desenvolver soluções alinhadas com os grandes desafios de conetividade, interoperabilidade e sustentabilidade. Ao conjugar esta visão com a nossa abordagem de Maturidade e de Engenharia de Processos, garantimos que cada entidade evolua de forma estruturada, escolhendo os passos tecnológicos certos para maximizar o impacto, em termos de eficiência produtiva e qualidade de vida urbana. Desse modo, reafirmamos o compromisso do Instituto CCG/ZGDV em impulsionar a transformação digital de ponta a ponta, promovendo ecossistemas altamente competitivos e sustentáveis.