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Entrevista com Luís Magalhães, Coordenador Científico do Departamento de Computer Vision, Interaction and Graphics
26 Março, 2025

Investigador e Coordenador Científico de um dos departamentos de I&I do CCG/ZGDV, Luís Gonzaga Magalhães fala-nos da importância da Computação Gráfica na história deste Instituto, desde o património, à indústria e saúde.

 

De que forma o CCG/ZGDV se tornou uma referência nacional em Computação Gráfica?

O Instituto CCG/ZGDV iniciou a sua atividade em 1993, tendo desde logo assumido um papel relevante na área da Computação Gráfica e que, rapidamente, se transformou numa referência a nível nacional. Desde a sua criação, a área da Realidade Virtual e Aumentada (RVA) surgiu como uma das principais competências do CCG/ZGDV, tendo resultado projetos emblemáticos como o Oceanário Virtual, criado para a Expo98, ou a participação no projeto Europeu Archeoguide (1999), o qual recebeu vários prémios devido ao seu carácter inovador. Ao longo do seu percurso, o CCG/ZGDV tem consolidado as suas competências nesta área e aplicado o seu know-how a diversos setores.

 

Quais os principais setores de aplicabilidade?

Temos vindo a desenvolver várias soluções digitais, recorrendo a RVA, para diversos setores. Na “Preservação e Divulgação do Património Cultural” a RVA tem sido aplicada, por exemplo, para criar guias móveis que ajudam os visitantes dos espaços a aceder a várias informações, incluindo reconstruções virtuais de objetos ou monumentos, a visualização desses objetos virtuais no local, recorrendo a realidade aumentada, ou a utilização da realidade aumentada para salientar defeitos nas estruturas, contribuindo para a preservação dos monumentos.

No setor da Indústria, a realidade virtual tem sido mais usada para o desenvolvimento de soluções de formação e treino, enquanto que a realidade aumentada, além do seu potencial para a formação, é aplicada no desenvolvimento de soluções de assistência à manutenção ou operação de equipamentos.

No setor da saúde, a realidade virtual desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de soluções que auxiliam no planeamento de cirurgias. Estes são apenas alguns exemplos das múltiplas aplicações que têm sido desenvolvidas ao longo dos anos em diversos setores.

 

O que esperar do futuro?

Nos próximos anos, além de reforçar as soluções atuais, temos como prioridade acrescentar inteligência às nossas ferramentas de assistência à manutenção e operação de equipamentos, tornando-as mais eficientes e autónomas.

Iremos, também, explorar a utilização de Generative AI em conjunto com avatares para desenvolver assistentes inteligentes, capazes de interagir de forma mais natural e personalizada. Para além disso, investiremos na criação de digital twins, permitindo a simulação e otimização de processos em tempo real. Estas iniciativas visam potenciar a inovação e ampliar o impacto das nossas soluções em diversos setores.

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